Publicado em 12/11/2014
A onda de terceirização dos serviços de TI (ITO em inglês) trouxe consigo um volume grande de demandas para empresas prestadoras de serviços de tecnologia, abrindo caminho para escolhas que há alguns anos não eram possíveis. Hoje a oferta no Brasil para este tipo de projeto já nos permite tratar esta modalidade de prestação serviço como um produto, sendo parte commodity (segurança, confiabilidade e escalabilidade) e uma parte que ainda é um diferencial para quem contrata (atendimento, foco compartilhado no negócio do contratante e localização).
Levando o foco para longe das capitais do sudeste, a relação ofertada x demanda tende a ser mais atrativa para empresas que buscam oferecer este tipo de serviço fora do eixo Rio-São Paulo, cidades estas que concentram boa parte das prestadoras de serviços de tecnologia, gerando uma maior competitividade e por isso aumentando o desafio para novas empresas que queiram entrar neste segmento.
O valor do BIG DATA nas empresas passa pelo reconhecimento de que os dados não podem ser mais tratados com a mesma abordagem que foi utilizada até hoje. Os serviços de hospedagem de dados começam a fazer sentido quando analisados sob o prisma do volume, variedade, segurança, velocidade, integridade, disponibilidade e etc. Como um motor que viabiliza esta transformação crítica está o gerenciamento de projetos de transição.
Abaixo um modelo genérico de colaboração de projetos de transição para um fornecedor de serviços de tecnologia, passando da contratação à operação no novo formato.
O que é considerado “commodity” para as empresas que contratam algum tipo de serviço de tecnologia, quando há o envolvimento do conceito de BIG DATA, a gestão da complexidade para tantas variáveis tende a se torna um fator crítico para o sucesso do projeto. Todo este tratamento coopera com a visão de negócio da contratante, principalmente com respeito à disponibilidade da informação no tempo certo para a tomada de decisão.
Pressionados pelos prazos de migração dos serviços, os gerentes de projetos muitas vezes precisam criar táticas de guerra nesta passagem do bastão, onde o foco da implantação passa pela garantia da disponibilidade dos serviços do cliente, os marcos de migração e uma gestão de recursos humanos eficiente.
Considerando estes atores envolvidos em projetos de migração, com a visão da contratada, elenquei uma matriz contendo a visão necessária para cada um dos pontos que considero críticos neste tipo de projeto.
Este artigo não pretende encerrar o assunto, pois estamos presenciando momentos de transformação da maneira de lidar com a prestação de serviços de TI, principalmente considerando que é possível elevar a capacidade da empresa em gerar valor contando com parceiros especialistas. Na visão da contratada, esta demanda representa a necessidade constante de criação de novos modelos de comercialização e a necessidade constante de revisão dos custos garantindo assim a competitividade em um mercado cada vez mais terceirizado.
Referências:
- Gartner – www.gartner.com
- PMI – www.pmi.org.br
Sobre o Colunista:
Gustavo Teixeira é especialista em gerenciamento de projetos, certificado pelo PMI em 2010 como Project Management Professional (PMP), Scrum Master e ITIL. Foi nos últimos 15 anos responsável por projetos dos setores de tecnologia, infraestrutura, saúde, banking e gestão do conhecimento. Atualmente é diretor na PMBASIS consultoria, tendo atuado também em empresas como Ativas Datacenter, Algar Tecnologia, Unimed BH e MV Sistemas. Professor, mestrando em sistemas de informação e gestão do conhecimento com MBA em gerenciamento estratégico de negócios. Leciona em cursos MBA, in-company e nos preparatórios PMP e CAPM do PMI Minas Gerais, onde é coordenador desde 2010. É membro do PMI (Project Management Institute) e do PMI Minas Gerais, onde atua como Executivo Nomeado da Diretoria de Certificação e Desenvolvimento Profissional.
E-mail de contato: gustavo@pmbasis.com.br l Site: www.pmbasis.com.br
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