Publicado em 13/08/2013
Lavoisier gravou seu nome para a posteridade, pela formulação desta famosa Lei, fato este que não o poupou de perder a cabeça na guilhotina, por ter optado pelo outro lado na Revolução Francesa.
Na Administração de Empresas, a referida Lei, também funciona com algumas restrições é verdade, mas funciona. Refiro-me ao benchmarking. Nada melhor que aprender com a experiência alheia: poupa-nos alguma energia, aproveitamos os atalhos e nos dá mais confiança e certeza de se chegar aos resultados.
De um modo geral o benchmarking pode ser definido como a prática de buscarmos em nosso ambiente ou no mercado, os métodos, procedimentos e técnicas que se mostraram positivas, e adotá-las.
Para quem está pensando que o benchmarking se resume meramente em copiar, está enganado. Mesmo copiar, no ambiente organizacional, não é fácil. As variáveis que determinam o sucesso são muitas e não são fáceis de serem controladas. E completando, não há demérito algum em copiar bem, desde que se arque com as consequências: provavelmente você nunca terá um diferencial!
Quando a IBM descobriu que possuía dez vezes mais fornecedores que suas concorrentes japonesas, gastou alguns anos para reduzi-los e fidelizá-los, e mesmo assim não conseguiu atingir os parâmetros dos concorrentes samurais.
Nesta onda de inovação o benchmarking, como conceito, anda meio esquecido e deturpado. Várias “inovações” são frutos de benchmarking.
Normalmente o benchmarking é feito em relação ao líder do nosso segmento de mercado. Se a empresa é líder, provavelmente possui boas práticas aceitas pelos consumidores, então, porque não copiá-las, adaptando-as à nossa cultura empresarial. Mas existem outras formas de benchmarking, o não concorrencial quando buscamos boas práticas em outros segmentos, ou internas, quando “descobrimos” que a nossa filial desenvolveu um procedimento bem mais eficiente.
Muitas empresas abrem suas portas para a realização de benchmarking e algumas organizações promovem visitas técnicas com esta finalidade. Caso você venha a participar de um benchmarking, não se esqueça da regra de ouro: nunca pergunte o que você não gostaria que te perguntassem.
Não tenho números para provar, mas se algumas empresas tivessem praticado o benchmarking, provavelmente não teriam sido guilhotinadas pelo mercado.
Sobre o Colunista:
Roberto Guidugli, Engenheiro Civil, Especializado em Engenharia Econômica pela Fundação Dom Cabral e mestre pela UFMG. É consultor de várias empresas privadas e estatais. Consultor associado a Luis Borges Assessoria em Gestão. Como professor, ministra cursos in company e em vários cursos de pós-graduações (lato sensu): UFMG, Cefet-MG e Fumec, entre outros. Possui artigos publicados no Brasil e no exterior.
E-mail de contato: meta@consultoresmeta.com.br
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