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Como será o amanhã do seu empreendimento

Publicado em 10/02/2016

Muito tempo tem se desperdiçado no Brasil na tentativa de identificar culpados para a crise que vivemos, a opinião pública fala muito em corrupção, as autoridades falam sempre em crise internacional, pessimismo injustificado dos investidores, perseguição política e por aí vai. Nesta linha de raciocínio fica percepção de que no momento que se prender todos os corruptos, acabar a tal da crise internacional e a mídia passar a veicular manchetes padrão programa político de situação chegaremos finalmente ao nirvana, pleno emprego, aumento real de renda, aumento do gasto público com abertura de enormes canteiros de obras garantindo o pleno emprego, enfim a felicidade sem esforço.

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Que tal discutirmos sob o foco de eficiência de investimentos, gestão e responsabilidade da sociedade em tudo isso que está aí?

Quando perguntam a minha opinião sobre a situação atual do pais, tenho a resposta já decorada.

‘”O País só irá sair desta crise a partir do momento que trocar o governo que aí está e a sociedade entender que faz parte do problema e da solução.  ‘”

Isto deixou de ser para mim uma questão ideológica, passional ou qualquer coisa do gênero, trata se da simples constatação que independente de qualquer avaliação ética, o nível de incompetência gerencial deste governo e impressionante. Não foi por falta de boas intenções que a economia chegou ao ponto que estamos, vejam que uma boa parte das políticas públicas que estas administrações  tentaram implementar são unanimidade nacionais, pena que tudo ficou pela metade e isto não pode ser colocado na conta de nenhuma crise interna ou internacional, vamos lembrar alguns exemplos de ações públicas de impacto para a sociedade e economia  nas quais foram investidos os nosso escassos recursos e que não geraram nenhum resultado prático até o momento

  1. A transposição do Rio São Francisco era para estar pronta em 2010 e o novo prazo agora e 2017, a seca provocada pelo El Nino devera criar estes anos uma tragédia humanitária no Nordeste Brasileiro.
  2. A Ferrovia Transnordestina tem agora prazo de conclusão prevista para 2017 esta data corresponde a um atraso de 70 meses.
  3. A Refinaria RNEST – O prazo inicial era 2012 desde 2015 opera com 30% da capacidade, o novo prazo agora é 2017.
  4. O complexo petroquímico COMPERJ – O prazo inicial era 2012, obra parada sem previsão.
  5. As Refinarias Premium I e II tinham prazo inicial de início de atividades em 2015 e 2017, projetos abandonados após enorme gasto com projetos e terraplenagem.
  6. Plataformas Replicantes, das 8 plataformas contratadas para execução no Rio Grande do Sul, quase tudo está sendo transferido para conclusão na China.
  7. Biodiesel de Mamona, deveríamos estar produzindo 885 mil metros cúbicos em 2015, mas o programa falhou completamente, ficaram dividas bilionárias e com a ajuda da mídia se faz de conta que não houve nenhum problema.
  8. Proálcool – O maior programa de produção de biocombustíveis do planeta, destruído por uma política energética e social míope, centenas de milhares de empregos jogados no lixo.
  9. HBIO combustível derivado de craqueamento de óleos vegetais em refinarias de petróleo adaptadas cuja produção deveria ser de 425 mil metros cúbicos em 2010, também se gastou muito dinheiro e de novo ninguém fala mais sobre isso.

Todos estes projetos que listei de memória se estivessem funcionando teriam feito uma enorme diferença na evolução do PIB brasileiro gerando empregos diretos e indiretos, garantindo insumos e infraestrutura para multiplicação de novos empreendimentos. Não há salvação possível neste caos de gestão. A maioria dos investimentos daquilo que se chama de “ PAC – Programa de Aceleração do Crescimento” além de ter os custos de execução aumentados de forma impressionante, não acabam nunca.

Mas é só mudar o governo, a sociedade não tem que mudar também?

Pouco se fala do papel da sociedade esclarecida para se atingir este estágio de desordem econômica, mas a cultura brasileira de que é possível atingir o bem-estar social sem sacrifícios tem muito a ver com isso também, a bolha desenvolvimentista garantiu o apoio de quem deveria ter um pouco de massa crítica, todos comemoraram o pleno emprego e os altos salários apesar de não serem acompanhados de aumento de produtividade, empresas estatais garantindo gordos bônus anuais em troca do silencio sobre a gestão temerária das empresas e seus fundos de pensão,  tudo o que a classe media sempre sonhou foi oferecido sem esforço, discutir sustentabilidade era coisa de pessimista e ai estamos nós em choque sem saber o que fazer para sobreviver, ficaram a contas para pagar, o desemprego em massa, inflação generalizada e como castigo para os funcionários de estatais , os fundos de previdência com dificuldades de caixa.

A resposta e que temos que enfrentar esta situação como as gerações anteriores enfrentaram o pós-guerra, sair da zona de conforto e deixar de olhar somente para o próprio umbigo, e hora de participar do debate sobre o que queremos de futuro para o Brasil. E hora de acreditar que em breve as coisas irão mudar e participar do grande debate sobre o futuro deste pais.

franz_josef

Sobre o colunista: Franz Josef Kaltner, Diretor Técnico da “Bioenergia Consultoria de Engenharia Ltda. Responsável técnico na implantação de empreendimentos industriais em 15 (quinze) Estados do Brasil, nas áreas de petróleo, energia, mineração, alimentos, fontes renováveis, etc. Especializações: Gerenciamento de equipes, programas de treinamento focados em processos de trabalho, qualidade e produtividade, formação de novos profissionais e mentoring em programas trainee.

E-mail de contato: fjkaltner@uol.com.br

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