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Gestão de Projetos: Autonomia x Liberdade

Publicado em 25/10/2013

Realizar a gestão de qualquer coisa exige algum método, seja ele engessado ou flexível, padrão ou não. No gerenciamento de um projeto dentro de uma organização, que tem por trás patrocinadores que investiram e projetam expectativas frente ao projeto, exige-se de fato processo e com isso métodos de trabalho bem estabelecidos, pelas exigências comerciais envolvidas.

Gerir um projeto exige então do Gerente de Projetos a avaliação deste modelo para que no decorrer do trabalho possam se realizar análises, com previsão de futuro, gerenciando os riscos envolvidos e o objetivo a ser alcançado.

Para isso o GP precisa de autonomia, muitas vezes confundida com liberdade.

O papel do GP é organizar as tarefas, realizar a gestão de pessoas – time envolvido, acompanhar as entregas, gerenciar expectativas, enfim, diversas atribuições são apresentadas ao GP. Para que estas sejam cumpridas, por mais que exista um modelo de trabalho estabelecido é necessário que o GP tenha autonomia para que dentro desse processo possa imprimir seu ritmo, pois é ele quem tem a sensibilidade do todo envolvido (pessoas principalmente), para avaliar em qual momento agir de forma A ou B.

Porém é muito importante que esta autonomia não seja confundida com liberdade, no sentido do processo do trabalho, e não na liberdade de pensamento, senso crítico ou equivalências neste caminho. O gerenciamento de um projeto passa por uma estruturação de tarefas, consequentemente de entregas, que devem estar em conformidade com aquilo que foi contratado pelo cliente, desta forma não se pode confundir autonomia de trabalho como liberdade na condução.

Algumas dicas:

Entenda o projeto
Compreender o que precisa ser entregue é o primeiro passo para se estabelecer um método de gestão, por mais que este esteja dentro de um processo já existente. Lembre, é o GP que deve ter a sensibilidade das atitudes frente as tarefas.

Seja parceiro da equipe
A gestão de pessoas é uma das atribuições mais solicitadas dentro das organizações, por isso, estabeleça vínculos reais com o time do projeto, seja transparente nos obstáculos que o projeto irá exigir de cada papel, acompanhe o desenvolvimento dia a dia e lembre que firmeza na condução não pode ser confundida com falta de sensibilidade.

Comunique-se e compartilhe
Comunicar-se com a equipe é um fator crucial para o sucesso do projeto, sem uma comunicação clara as pessoas envolvidas no projeto podem interpretar as tarefas de forma equivocada e assim gerar retrabalhos e custos extras no projeto. Outro fato importante é compartilhar os objetivos do projeto, para que o time saiba também da importância do papel de cada um na execução do trabalho.

Um processo de trabalho existe para ajudar a todos envolvidos, inclusive o GP, a ter entendimento do projeto, por isso use-o  a seu favor.

E você leitor, já teve algum projeto onde se confundiu autonomia com liberdade?

Sobre o Colunista: 

Ramon Nonato Oliveira da Silva, formado em Comunicação Social – Publicidade e Propaganda e com MBA em Gestão Estratégica de Negócios pela FMU, atuando a mais de 05 anos no mercado de publicidade. Fundador da plataforma de conteúdo MestreGP (www.mestregp.com.br), que busca discutir a atuação da gestão de projetos em agências de publicidade. Durante sua trajetória profissional já passou por agências pequenas, médias e grandes, destacando-se entre elas as agências Kwead, Tribo Interactive, Salve_, Fábrica Comunicação e Garage Interactive.

E-mail de contato: contato@mestregp.com.br

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