Objetivos claros e alcançáveis, um exemplo de visão

Em projetos o pessoal gosta de se enganar, em minha opinião e vivência. O “chefe” e vou usar esta forma caricata, pede para seus “peões” um cronograma para entregar o projeto em 1 mês e mesmo não acreditando, entendendo que é impossível o prazo entregam o tal do cronograma, ou seja, o objetivo não é alcançável.

Resultado, cliente insatisfeito e equipe desmotivada. Seria uma afronta ao “chefe” não fazer ou questionar, o que falta então para mudar? Coragem é o que falta, veja os 7C’s. Mas não a coragem vazia, a coragem com dados e fatos, ou seja, com consciência, com clareza. Outra questão que falta, também, e isso é mais um trabalho e desafio pessoal é a confiança, ou seja, acreditar na sua capacidade e nos dados que não mentem e que sua interpretação e mais a intuição (que vem da experiência, vivência) tem sentido e não podem ser desprezadas. Assim fechamos os 3 primeiros C’s, coragem, confiança e consciência. Enfim um ótimo projeto é realizado por pessoas corajosas e confiantes onde temos um bom líder, e não “chefe” e uma boa equipe. De nada adianta um líder “bossal” ou uma equipe “pífia”, tem que haver o equilíbrio.

Mas o que me levou a escrever este post e que corrobora ao já dito foi uma leitura na revista VO2, dedicada ao ciclismo, de fevereiro de 2013, uma matéria com o Bernadinho onde revela sua paixão recente pelo ciclismo, seja urbano ou de alta performance. Cada vez mais vejo no esporte bem conduzido, pela minha vivência atual, questões que podem contribuir em muito na performance de negócios, principalmente, o treino, a disciplina e estabelecimento de objetivos bem definidos. Nesta matéria, ele fala sobre sua paixão pelo ciclismo e sua visão para este no final, um exemplo de visão pautada no claro e alcançável, que fica claro na última pergunta da entrevista e vou reproduzir abaixo. O ciclismo vive um momento não fácil hoje por situações como o caso a nível mundial do Lance Armstrong e pelo que entendi em outras matérias da mesma revista no nosso país a desorganização da Confederação Brasileira de Ciclismo.

“VO2: Você é um líder nato. Costuma gerenciar grupos, egos e viver em meio a planejamento. O que faria para melhorar o ciclismo brasileiro?

Bernardinho: Dizer que tenho a receita ou solução seria arrogância de minha parte, mas o ideal é pensar em como buscar o crescimento. Estudar, ler, aprender e se apegar a histórias de sucesso. É preciso planejar, saber aonde se quer chegar. Temos como ser competitivos e fazer parte da elite em 2016? Não? Então vamos estabelecer nossas metas e focar em 2020. Que ações temos que implementar para isso? O investimento na base é fundamental. Hoje, a maior parte do público não será de competidores, mas sim de estimuladores do esporte: empresários, magnatas, influentes do ciclismo. O intercâmbio também é fundamental. Temos de lutar pela profissionalização do sistema full time e alargar a base. Há recursos do governo, leis de incentivo. É preciso programar polos pelo Brasil afora. Temos bons profissionais, equipes que investem, mas não adianta serem fatores isolados e sim saber que todos são parte de uma engrenagem. É preciso unir forças.”

Neste trecho “Estudar, ler, aprender e se apegar a histórias de sucesso. É preciso planejar, saber aonde se quer chegar.”, vejo a fórmula da performance.

A humildade e visão do Bernadinho são as de um verdadeiro líder.

Sobre o Autor:

Alexandre Ely, Engenheiro Mecânico com experiência em Gestão de Projetos. Consultoria na área de GP para implantação de ferramentas que permitem a colaboração de equipes e que tornem a vida do projeto mais tranquila. Diretor da Ely Projetos. A Ely Projetos tem como mote “Nosso negócio é entregar Performance”.

E-mail de contato:   alexandre.ely@elyprojetos.com.br . Veja mais no site da empresa www.elyprojetos.com.br

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